FRANCISCO XAVIER DOS SANTOS - trisavô

Meu trisavô Francisco Xavier dos Santos nasceu por volta de 1837, em Pouso Alegre – MG ou São João da Boa Vista – SP. Era filho de Manoel Joaquim de Andrade e Maria Jacinta de Jesus. Era neto paterno de João Bernardino da Silveira e Bernardina Jesuína de Santa Catarina. Era neto materno de Manoel Antonio Rodrigues e Maria Ferreira do Nascimento.
Francisco casou-se em primeiras núpcias em Botucatu, no dia 28/07/1859, com Marianna Honória do Espírito Santo (ou de Jesus), nascida por volta de 1845, filha de Joaquim Tavares e Maria da Conceição. De acordo com o registro do matrimônio, Francisco e Marianna foram dispensados do parentesco de 2º grau de consanguinidade e tiveram como padrinhos José Joaquim Tavares e Hilário Leite da Cunha.
Juntos, Francisco e Marianna tiveram pelo menos os filhos: 1- Maria, nascida aos 12/09/1862 em São Domingos, onde foi batizada aos 02/10/1862, tendo como padrinhos o avô paterno Manoel Joaquim de Andrade e a avó materna Maria da Conceição; 2- Joaquina Theodora de Jesus, nascida por volta de 1871 em Espírito Santo do Turvo, onde casou-se aos 17/10/1887 com Manoel Ferreira da Costa, filho de Vicente Ferreira da Costa e Anna Maria de Jesus; 3- Joaquim, nascido aos 04/10/1873 em São Domingos, onde foi batizado aos 26/10/1873, tendo como padrinhos Eugenio Corrêa da Silva e Maria Jacinta, sua avó paterna; 4- Adão, nascido por volta de 1881; 5- Francisco, nascido aos 06/03/1884 em São Domingos, onde foi batizado aos 06/05/1884, tendo como padrinhos Claudino Antonio Pereira e Vitalina Maria das Dores.
Marianna Honória faleceu aos 02/06/1884 em São Domingos, onde também foi sepultada. Tendo ficado viúvo, Francisco casou-se em segundas núpcias em Espírito Santo do Turvo, aos 26/08/1884, com Claudina Maria de Jesus, filha José Tavares de Araújo e Maria Carlota de Jesus. Teve desse matrimônio oito filhos: 1- Honória, nascida aos 03/02/1886 em São Domingos, onde foi batizada aos 30/04/1886, tendo como padrinhos Ananias Luiz Pereira e Maria Carlotta de Jesus; 2- Maria, nascida aos 14/02/1888 em São Domingos, onde foi batizada aos 14/04/1888, tendo como padrinhos Domiciano Tavares da Silva e Maria Magdalena de Jesus; 3- Francisca, nascida aos 13/11/1889 em São Domingos. Foi batizada em Espírito Santo do Turvo pelo Padre Frediano Dini, aos 25/12/1889, com 43 dias de idade, tendo como padrinhos o Alferes Manoel José da Silva e sua esposa Henriqueta Marques de Almeida, residente naquela vila, negociante e fazendeiro; 4- Isabel, nascida em meados de 1891 em São Domingos, onde foi batizada aos 15/08/1891, tendo como padrinhos Antonio Silverio de Andrade e Maria Theodora de Jesus; 5- Benedita, nascida aos 13/01/1894 em São Domingos, onde foi batizada aos 28/01/1894, tendo como padrinhos Antonio Cardoso da Silva e Maria Joaquina de Jesus; 6- Lázaro, nascido aos 04/10/1895 em São Domingos, onde foi batizado aos 24/11/1895, tendo como padrinhos José Bueno Machado e Anna Luisa da Conceição; 7- Basília, nascida aos 24/02/1897 em São Domingos, onde foi batizada aos 24/04/1897, tendo como padrinhos João Gonçalves da Luz e sua mulher Maria Josepha de Jesus; 8- Geórgia, nascida por volta de 1898.
Em São Domingos, Francisco possuía uma propriedade rural, onde trabalhava e residia com sua família. Além de praticar a agricultura de subsistência e produzir açúcar no engenho instalado em sua propriedade, criava porcos, vacas leiteiras e de engorda.
Por volta de 1900, Claudina Maria, abandonou o marido e os filhos para viver com outro homem, de nome ignorado, levando consigo apenas a filha caçula Geórgia. Sentindo-se completamente humilhado e desorientado, Francisco decidiu abandonar tudo o que tinha e partir para outra localidade com os filhos que teve com Claudina e com o filho Adão, de seu primeiro casamento. Preparou então o carro de bois, juntou os pertences mais importantes e partiu com sua prole para Assis – SP, fixando residência no Bairro Água da Gordura, nas proximidades da Cabiúna, onde passaram a trabalhar como lavradores. Não se sabe até o momento porque o destino escolhido foi Assis. Talvez tenha sido porque ali já viviam ali outros parentes de Francisco, como seu primo Flausino de Assis Pereira.
Pouco tempo após a mudança, Francisco resolveu buscar sua filha caçula para viver também com eles. Arriou seu cavalo e foi para uma fazenda, nas redondezas de São Domingos, onde Claudina Maria estava vivendo com o amante e a filha, na casa de uma comadre. Chegando lá, Francisco deparou-se com sua filhinha nua, sentada no chão, comendo feijão com farinha. Claudina não estava e a comadre de Francisco quis chamá-la. Ele pediu para que ela não o fizesse, mas, que o deixasse levar consigo a pequena Geórgia. Com o consentimento de sua comadre, tomou a filha nos braços e partiu, imediatamente, levando-a nua como estava. Francisco parou na primeira cidade, do trajeto de retorno, para comprar roupas para a filhinha e pagar para que a lavassem.
Alguns anos mais tarde, Francisco sentindo-se muito cansado em cuidar sozinho dos filhos, resolveu então procurar um curandeiro para aconselhar-se. O tal homem disse que lhe prepararia uma bebida e, quando ele a tomasse, sua esposa Claudina retornaria ao lar. Mais uma vez desnorteado, Francisco aceitou a proposta, vindo a falecer em Assis cerca de um mês após a visita ao curandeiro, por volta de 1910.
Nesta época, a filha Francisca já era casada e levou suas irmãs e irmãos para morar com ela. Poucas semanas depois, o marido de Francisca, Joaquim Pereira da Cruz, foi picado por uma cobra urutu-cruzeiro e também faleceu, aos 20/10/1910.
Cinco anos depois de ficar viúva, Francisca casou-se novamente, desta vez com Gabriel Domingues de Souza, casamento realizado em Assis no dia 01/02/1915. Nesse entremeio, várias das outras filhas de Francisco, sentindo-se desamparadas, acabaram se casando também. Algumas filhas tiveram o “casamento arranjado”, casando-se sem nem ao menos conhecer bem o noivo.
Alguns anos mais tarde, na década de 1920, alguns filhos de Francisco se transferiram com suas famílias para o recém formado Patrimônio de Liberdade, atual município de Iepê, passando a viver na Água do Moqueteiro e, posteriormente, na Água da Figueira. Foram eles: Francisca, Benedita, Isabel e Lázaro.
Quanto à Claudina Maria, mãe e esposa desvirtuada, que abandonou o marido e os filhos, nunca mais se teve notícias.

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